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Boa leitura!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Depoimento de uma pessoa enganada pela autoajuda

Conheça Gil, um rapaz que, logo após perder sua namorada, empreende uma busca alucinada por respostas para superar a dor e se tornar uma pessoa melhor e mais sociável. No meio do caminho, porém, ele descobre o submundo sombrio da literatura de autoajuda, que em vez de ajudá-lo a resolver seus problemas, o puxa ainda mais para o buraco.

Este é um depoimento de um aluno da Manhood Academy (nome fictício). Isto serve para mostrar como os livros de autoajuda, além de não te ajudar a resolver nada, pode se tornar um vício:

"Enquanto minha ex postava dezenas de fotos dela com outros caras logo depois de ter terminado comigo, eu fiz o que pensava estar certo. Em minhas ilusões, eu não poderia descer ao mesmo nível baixo que ela. Meus pais, que não suportavam me ver tãããão cabisbaixo, me deram um livro chamado “Como conquistar amigos e influenciar pessoas”. No começo, eu fiquei apreensivo com o livro; afinal, quem se importava em “conquistar” amigos? Eu queria uma namorada. Mesmo assim, peguei o livro de “autoajuda” original e iniciei uma longa jornada noturna às visões de Dale Carnegie.



Apesar do livro ter sido escrito em 1936, eu pensei que estava aprendendo muitas coisas! O primeiríssimo princípio que o livro diz é: “Não critique, condene ou reclame”. A seguir, eu fui ensinado a como fazer outras pessoas se interessarem por mim, ouvindo elas falarem sobre seus interesses. E finalmente, eu aprendi que “a única forma de se obter o melhor de um argumento é evitando-o” e “Jamais diga, ‘Você está errado’” e “Deixe que a outra pessoa fale a maior parte do tempo” e “Chame atenção para os erros de uma pessoa de forma indireta” e “Fale de seus próprios erros antes de criticar outra pessoa.” e “Faça perguntas ao invés de dar ordens diretas” e “Deixe a outra pessoa livrar a própria cara”! 291 páginas depois, eu estava pronto para conquistar amigos! Contudo, estes princípios já apreciados 15 milhões de vezes rapidamente fracassaram comigo. E nesse tempo, eu conversava com uma garota chamada Cláudia. Em minha cabeça cheia de merda, eu pensava que poderia conquistá-la e deixar minha ex com ciúme usando os princípios que havia aprendido. Então mandei um sms pra ela dizendo, “Como foi seu dia? Pronta pra facul? O que você faz de bom? Qual é seu filme favorito?” Depois de um tempo, ela parou de responder. “Não entendo!”, pensava comigo. “Eu estou deixando ela com a maior parte da conversa! Eu pensava que elas adoravam falar delas mesmas! Mmmm, eu acho que devem haver mais livros que possam me ajudar a conquistar esta garota. Então eu li “Como conquistar amigos e influenciar pessoas na era digital”, mas 272 páginas depois, eu percebi que era praticamente o mesmo livro, com exceção de algumas referências à tecnologia.



Minha obssessão com autoajuda só cresceu. Li mais um livro de Dale Carnegie chamado “Como evitar preocupações e começar a viver” (352 páginas). “Acho que não sou só eu que tem esses problemas, já que milhões de pessoas compram livros deste tipo!... Mas e se todo mundo for perdedor? Não vejo ninguém da minha idade comprando estes livros.”


Com este conhecimento em mãos, eu estava empolgadíssimo para a faculdade! Contudo, rapidamente descobri que ainda estava LONGE de estar preparado para ter minhas necessidades sociais satisfeitas. Eu pensava que as pessoas ficariam atraídas pela minha “gentileza”. Além de ler esses livros, eu li inúmeros artigos sobre como ser um “cavalheiro” e um “cara legal”. Além disso, eu estava convencido de que o motivo do meu primeiro namoro ter sido uma merda era que minha ex tinha Transtorno de Personalidade Limítrofe. Eu até frequentei um fórum onde eu conversei com várias “vítimas” (bichas) dessa desordem mental. E também pensava que era uma PAS, ou “Pessoa de Alta Sensibilidade”.

Meus livros me traíram! E aqui estava, sentado na minha cama sozinho enquanto meu colega de quarto contava histórias pras garotas só pra levá-las para a cama numa “ficada”. Setembro e outubro passaram. Eu caí na rotina de assistir filmes sozinho na república enquanto milhares de veteranos e calouros celebravam sua juventude no campus. Nos almoços eu sentava sozinho quase todo dia. “Preciso descobrir o que há de errado comigo. Preciso descobrir como fazer as pessoas gostarem de mim!”. Um dia, depois da aula, eu pulei de volta à livraria, meu refúgio da realidade cruel da minha incompetência social, e comprei mais livros:

Na medida que o primeiro ano avançava, eu começava a ficar com raiva dos caras da faculdade. Todos ao meu redor, todos os meus colegas faziam surubas regadas a bebida entre eles para não se falarem nunca mais no dia seguinte. Olhando para trás agora, eu ainda acho que existem muito mais coisas na vida além de beber e beijar gente estranha. É de MINHA responsabilidade prover a pelo menos uma garota incentivo positivo o bastante para que ela quebre o gelo e me siga pelas ruas cidade afora enquanto falamos do que a gente pensa e o que a gente sente.

Minha raiva por aquela cultura resultou em MAIS livros. E ainda, enquanto navegava uma noite na internet, descobri Mystery e a Comunidade Pick-Up.


Todos os livros de autoajuda que Chewy leu
antes de conhecer a Manhood Academy
Santo Jesus Cristo. Meus amigos pensam que a Manhood Academy é um bando de charltões roubando meu dinheiro. Mas você tem noção de quanto esses livros todos custam? (Os últimos quatro eram livros online grátis, mas eu paguei por livros impressos e os do Kindle). Sem contar o tempo que eu passei lendo fóruns e artigos, eu li 7018 páginas de livros de autoajuda. Ah, e você também pode levar aquele total para 7319 PÁGINAS caso ponha as 301 páginas da (versão em inglês da) bíblia chamada Os Princípios Que Regem a InteraçãoSocial. Tirando o livro dos Princípios, eu li mais de 7000 páginas sobre interações sociais, confiança, mensagens, vida universitária, sociedade, preocupações, falar em público, e conquistar garotas, tudo em menos de 1 ano. Claro, havia uma coisa ou outra de útil nesses livros. Mas eu perdi HORAS e HORAS lendo coisas totalmente sem noção. É frustrante pra caralho. Pelo menos eu sei que agora estou na direção certa e que jamais irei gastar mais um segundo lendo coisas para me sentir bem."

Abaixo, segue uma leitura interessante sobre por que a autoajuda, na verdade, não te ajuda em nada (link externo):

(Comendo livros) A Farsa da Indústria da Autoajuda Para Burros

8 comentários:

  1. "É frustrante pra caralho. Pelo menos eu sei que agora estou na direção certa e que jamais irei gastar mais um segundo lendo coisas para me sentir bem."

    Livro de alto ajuda em 99% dos casos não ajudam nada ,digo 99% dos casos porque conheço 1% de pessoas que eram demasiadamente tapadas e lendo um livro de alto ajuda enxergaram o lógico e portanto o livro realmente as ajudou .Mas elas eram tapadas ,no geral livro de alto ajuda é uma masturbação mental ,me lembra aqueles sujeitos que ficavam lendo o livro o segredo e achando que com a força do pensamento positivo iam ficar ricos e pegar mulheres .Não aja e tenha atitude para você ver não ,pensamento positivo não adianta nada sem ação ,

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  2. Esse cara do texto é REALMENTE um tapado. Esse 1º livro do Carnegie é MUITO BOM, só que não é livro de sedução, não é pra conquistar mulheres. Tem bons tópicos, como por exemplo gravar o nome das pessoas e chama-las pelo nome. É horrível quando você é apresentado pra uma pessoa e ela te encontra depois e pergunta: "qual é o seu nome mesmo? perdão, esqueci." Eu gosto de ser chamado pelo nome, e isso não tem nada a ver com pegar mulher...não é livro PUA...Mas o idiota leu pra "conquistar" a amiga.

    Só fiz essa ponderação porque na minha opinião, alguma coisa nessa literaturas de auto-ajuda pode ser útil....basta que a pessoa saiba usar pra finalidade correta...

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    Respostas
    1. O próprio livro "Os Princípios Que Regem a Interação Social", no primeiríssimo capítulo, alerta:

      "Inúmeros livros têm sido escritos sobre interações sociais, mas nenhum deles tem te ajudado a alcançar seus objetivos sociais. Os conselhos deles frequentemente são:

      • Superficiais (mude seu guarda roupa);
      • Teóricos (melhore sua autoestima, marque presença);
      • Simplistas (seja confiante, seja você mesmo);
      • Situacionais (isto só funciona em bares/baladas);
      • Infundados (lembre-se de pagar por ela no primeiro encontro).

      Os 'experts' em relacionamentos e interações sociais de hoje em dia te bombardeiam com ideias contraditórias em relação às interações sociais, prometendo fórmulas secretas, técnicas exclusivas e métodos revolucionários, [...] Mas nenhum deles é capaz de explicar a natureza das interações sociais de forma precisa."

      Os princípios da atração são os mesmos tanto para se conseguir amigos como uma namorada, afinal, tanto os amigos quanto namoradas são seres humanos. Eles possuem exatamente a mesma percepção do que é atraente, belo e ordeiro. Logo, livros destinados a explorar a interação social em contextos específicos e limitados não servem para nada.

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  3. Esse livro realmente presta?
    É aplicável ao dia a dia ?

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    Respostas
    1. É aplicável sim. Não estou dizendo que é uma maravilha, e nem quero azedar o tópico do confrade spirit, mas o livro é pra ser utilizado no cotidiano, no trabalho, e na camaradagem com HOMENS, e não pra sair da friendzone de vadia, como o cara da história fez.
      Se usar a técnica de "não discordar" com uma vadia, vai ficar parecendo um frouxo sem opinião. Por outro lado, não questionar seu chefe diretamente, e sim indiretamente, é algo muito útil. Lembra a técnica #1 do 48 leis do poder.

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    2. Mesmo como um livro para interações sociais no geral, Carnegie é uma fraude.

      Veja algumas citações do livro apontadas no próprio depoimento:

      “Não critique, condene ou reclame”
      "fazer outras pessoas se interessarem por mim, ouvindo elas falarem sobre seus interesses."
      “a única forma de se obter o melhor de um argumento é evitando-o”
      “Jamais diga, ‘Você está errado’”
      “Deixe que a outra pessoa fale a maior parte do tempo”
      “Chame atenção para os erros de uma pessoa de forma indireta”
      “Fale de seus próprios erros antes de criticar outra pessoa.”
      “Faça perguntas ao invés de dar ordens diretas”
      “Deixe a outra pessoa livrar a própria cara”

      Os conselhos acima foram pensados para fazer com que outra pessoa não se sinta mal com as coisas que você fala para ela. Apesar da intenção ser boa, isto inibe o componente fundamental de uma interação social de qualidade: a verdade.

      Se você pensar nesses conselhos citados e observá-los sendo aplicados na vida real, você vai perceber que praticamente TODAS as pessoas aplicam Carnegie em seu dia-a-dia. Por isso é que as interações sociais hoje em dia são um desastre: politicamente corretas e chatas além da conta.

      No mais, nada desses conselhos é capaz de mudar a percepção que outra pessoa tem de você. E graças aos ensinamentos de Carnegie, você nunca vai saber o que a outra pessoa realmente pensa de você se não fizer as perguntas certas. No entanto, elas estão livres para fazer você se sentir bem consigo mesmo e, ao mesmo tempo, falar mal de você nas suas costas.

      Conclusão: Carnegie aprova a ideia uma sociedade de pessoas falsas, duas caras.

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    3. Spirit, eu li o livro do Carnergie e discordo de você ao falar que ele é uma fralde.

      "Os conselhos acima foram pensados para fazer com que outra pessoa não se sinta mal com as coisas que você fala para ela. Apesar da intenção ser boa, isto inibe o componente fundamental de uma interação social de qualidade: a verdade."

      Todos nós sabemos que a verdade enfraquece os alicerces dos relacionamentos. Quantas vezes você não riu de um caso de algum amigo, apenas para faze-lo se sentir bem? Carnegie reuniu qualidades de pessoas de sucesso, de Andrew Carnegie, um dos maiores negociantes de aço da história dos EUA, ao lendário Rasputin, o charlatão que enganou a família Real Russa.
      O livro em si lhe ensina a reprimir o que se sente e o que se pensa, com o objetivo de tirar proveito de situações em que sem tal conhecimentos, você se sentiria impotente.
      Concordo com o Blanka, esse cara da auto-ajuda realmente era um mongol (não sei hoje)

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